Em 1774, o escritor e filósofo alemão Johann Wolfgang von Goethe publicou “Os Sofrimentos do Jovem Werther”. A obra narra as desilusões amorosas de Werther, jovem de personalidade sensível e artística. O enredo se desenvolve a partir do momento em que o personagem principal conta ao amigo Wilhelm a história de seu amor impossível por Charlotte, prometida em casamento para outro. Werther não consegue esquecê-la e também não encontra outra saída. Assim, no decorrer das páginas, acaba se suicidando.
Após o lançamento na Europa, a história de Goethe inspirou dezenas de jovens leitores, que passaram a se vestir como o protagonista, com calças amarelas e colete azul. Além disso, foi atribuída à história a culpa por outro fenômeno: uma onda de suicídios. O livro, inclusive, foi proibido em países como Itália e Dinamarca.
Por este motivo, o efeito Werther é atribuído a suicidios copiados, ou seja, um suicídio que ocorre quando uma pessoa que está tentando se suicidar tem ciência, seja devido a tradição e conhecimentos locais ou a representações do suicídio original em diferentes meios de comunicação, como televisão, livros e a internet.
Estudos mostram que, dependendo de como um suicídio for noticiado, pode fazer com que outras pessoas o imitem. Para evitar o suicídio copiado o primeiro passo é contextualizar a morte. Não mostrar o suicídio como um ato heroico, mas como um ato de desespero e muita dor, que teve uma história ao longo da vida.
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